VASCO PINHOL

De vez em quando dá-se-me ganas de escrever em português. É um bocado como o apetite despertado por um sinal olfactivo indistinto que nos chegue no vento. Nos dias de veneno, é saudade. Nos dias de saudade, é veneno. Tira-se o português de Portugal e a nossa língua torna-se, inexplicavelmente, a nossa pátria. É talvez mais mátria, mas isso é para outra altura.